Avanço da pauta “sustentabilidade” requer ajuste de percepção de líderes e colaboradores sobre o tema

Estudo intitulado Divisões e Dividendos: Ações de Liderança para um Futuro Mais Sustentável, realizado pela consultoria global Russell Reynolds, avaliou recentemente como a força de trabalho das organizações privadas vê, experimenta e prioriza os desafios mais importantes que afetam a sociedade, as empresas e os colaboradores. Entre os achados estão diferentes motivações entre os níveis hierárquicos dificultando a implementação da sustentabilidade nas companhias e a importância das lideranças estarem atentas às preocupações dos colaboradores.

A pesquisa aponta, ainda, que os futuros líderes devem chegar mais preparados para incorporar e trazer resultados com práticas sustentáveis e destaca um diferencial dos profissionais brasileiros. De acordo com o estudo, eles enxergam a sustentabilidade como uma forma de criar valor para o negócio e construir um legado para a organização, enquanto no exterior as práticas são mais vinculadas ao propósito de agregar valor às marcas e mitigação de riscos.

No Brasil, 50% dos líderes C-Level esperam que sua organização faça um progresso significativo para incorporar a sustentabilidade em toda a estratégia de negócios nos próximos cinco anos, à frente da média global, de 39%. Porém, enquanto esse mesmo percentual de executivos diz ter uma estratégia de sustentabilidade adotada e comunicada claramente – acima dos 43% encontrados globalmente -, apenas 38% dos colaboradores dizem o mesmo. Enquanto 49% dos líderes dizem que seu CEO está pessoalmente comprometido com o avanço da sustentabilidade e que houve progresso na organização, apenas 33% dos colaboradores concordam.

Motivação

“As empresas têm atualmente a responsabilidade e a oportunidade de olhar além dos lucros e do desempenho financeiro para entregar valor genuíno de longo prazo para todas as partes interessadas: colaboradores, clientes, fornecedores e sociedade”, afirma Mariane Montana, consultora da Russell Reynolds Associates.

Cerca de 35% dos executivos brasileiros dizem que seus esforços de sustentabilidade são motivados pela criação de valor para o negócio. No entanto, 28% admitem que são motivados por preocupações de gestão de marcas: eles querem ser vistos como socialmente responsáveis ou usar a sustentabilidade para a diferenciação de concorrência. No pipeline de lideranças sustentáveis, 58% da próxima geração de líderes no Brasil assumiram três ou mais responsabilidades de trabalho nos últimos dois anos para melhorar os resultados ambientais ou sociais, uma taxa consideravelmente superior à média global de 40%.

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Metodologia:
O estudo Divisões e Dividendos: Ações de Liderança para um Futuro Mais Sustentável foi conduzido com 9.500 executivos C-Level, colaboradores e líderes da próxima geração em países desenvolvidos e em crescimento como Estados Unidos, Canadá, México, Alemanha, França, Reino Unido, Espanha, Índia, China, Austrália e Brasil.

Fonte: https://melhorrh.com.br

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